domingo, 21 de outubro de 2012
Duas sextas e um sábado
Cheios de saudades das sextas
e sofridos pela véspera uma segunda.
Particularmente detesto os domingos.
Admito que muitos já se passaram,
Sem sequer que eu pudesse apreciá-los.
Se estiver redondo feito o sol,
Tem sabor de skol, praia e ferveção,
Assim até que me agradam.
Mas, se chove navalhas. prefiro ignorá-los.
Fica muito cinza-chuva, muito azul.
Vou de recolhimento.Tamanho desprezo!
Não adianta ter pressa, ou contar
Não adianta rezar, ou querer pular
Todo domingo demora a chegar e findar.
[saudade da novela]
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
O tempo de Viviane Mosé
domingo, 12 de agosto de 2012
Flatofilia
Que situação!
Será que foi o Feijão?
Ou foi o Ovo que estragou?
Talvez tenha sido a Cerveja...
Ou sei lá, quem sabe? não foi muito Sorvete!
Acho que mesturei Coca-cola com leite!
Não devia ter comido Batata doce ontem.
Nem Milho, nem nada com Farinha de trigo!
Comida Árabe nem pensar!
Só actívia antes de encarar esta posição.
Nunca mais como Brócolis, nem Aspargos,
nem tempero com Alho, nem Repolho!
Fora da minha dieta, Couve-flor!
Pior que cropofilia é a Flatofilia, minha filha!
De um namorado apaixonado,em num ato
desesperado, que é capaz de
sussurrar suavemente:
- Peida, Amor!
domingo, 5 de agosto de 2012
chronic circle nº1
life?
life would be a perpetual been of care.
watch over your teeth.
skin care.
caring for the body.
beware of your life.
caring about the others.
take care of your soul.
care for a few moments
could be magical and they go ahead
they go and will fade,
will and are, shall be and
stay.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
The Metamorphosis
she's at kafka's boat
and she doesn't know nothing about
how to get it in or get out
she's at kafka's boat
and she recognizes that
doesn't know nothing about boats
we're all together in the same boat
i know you, you know me
i just wanna dream
people single and people dead
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Aeon
do sentimento de existência
ao nome de natureza.
E a partir dela é que se revela
O instinto e as noções científicas.
Não importando quanto maior
for o axioma em que lhe apliquem.
Por isso é que ele se denomina
em si mesmo um grande espírito.
O grande pintor e arquiteto,
o louco, o imperador das estrelas,
a morte, o mago e o mundo.
Poderá o homem compreender
a natureza intima da sua existência?
De onde lhes viria este sentimento?
Um acaso inteligente não é acaso.
Outro absurdo que deve pensar
a vossa opinião,
O nada poder criar alguma coisa.
A causa e o efeito revelam uma
inteligência maior.
A formação da obra do acaso,
ou do absurdo pode abater as
suspeitas da inexistência de Deus.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
DAS UTOPIAS
" Se as coisas são inatingíveis... ora!Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!"
24 anos 11 meses e 7 dias
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Maquina do Tempo
Vai entender o imparalisável tempo
de onde vem o brilho dos olhos.
Queria só saber se é verdade.
o que tem acontecido com você?
Quem é esta que anda dentro de ti?
tudo que consigo lembrar dela
é da sua corrida em passos firmes,
a postura das pernas sob um vasto chão de certezas.
Talvez nunca esteve cansada de si
nem da mesmice de seus dias.
Ou até, quem sabe? fingia,
seu pleno estado de segurança.
Só que para todos chega o dia
em que balança pende.
É quando, a gente fica sem ideia
do que pode acontecer.
São abstrações sobre o futuro,
passos em falso, saltos no escuro,
tempo de grandes mudanças e expectativas.
Nunca é fácil parar o passado.
Agora, ela parece um inseto, numa peça de âmbar.
Quanto a isso, o presente é a chave para o genial,
o utópico entre outros impecáveis planos de Quintana.
Vai! caminhar despreocupada pela estrada.
Vai! que felicidade é de graça.
Vai! porque ninguém é obrigado e entender de maquina.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Um Caso fraco de Hinrustismo
com uma bunda que pisque
ela acende, ela apaga.
Ele parece uma Zebra.
com listras neon em arco-íris
no dark room da boate.
Ele parece um Lebrão.
com uma família tradicional
em rapidez sexual, porém solitário.
Parece também uma Hiena.
com sua risada carnívora
seu hobby é caçar homens.
Ele parece uma Phoenix.
depois da desintoxicação,
ressurgiu do Pó.
Ele parece um Rinoceronte.
Gordo não, ele é Forte e
alucinantemente inteligente.
Não preciso dizer que não parece um Veado.
sábado, 21 de abril de 2012
Praga do Sapo
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Aquilo olhar você

Teatro Joaquim Cardozo
O grupo Magiluth formado por Giordano Castro, Pedro Vilela, Pedro Wagner, Erivaldo Oliveira e Lucas Torres começou a jornada em 2004. A peça surgiu num grupo de pesquisas em seu trabalho combinaram propostas do teatro contemporâneo. Dando continuidade a isto em 2010 foram aprovados no Itaú cultural, o edital foca o intercâmbio de práticas e a articulação entre grupos de teatro de todas as regiões do Brasil.
Quatro personagens tem seus enredos entrelaçados através de dificuldades de relacionamentos. A temática da peça são relações afetivas e as contradições de sentimentos, que nos subjugam dentro disso, o conflito de relacionar-se em tempo-memória, indivíduos-indivíduos numa hierarquia micro-macro, combinado aos tipos de relações que podem surgir dentro da cidade. O conflito de uma cena rapidamente se encaixa em outra conferindo a peça um ânimo dinâmico.
Apesar de semelhantes em algum ponto as personagens vivem conflitos próprios e autênticos, um é esquizofrênico e vivencia a não aceitação da doença em família, um dos componentes do casal gay tenta voltar a relacionar-se com o companheiro que não lhe quer mais, já o companheiro do mesmo casal sente insegurança quando o relacionamento fica mais complexo, o ultimo é intenso demais e vive a agonia de não tolerar estar sozinho.
O ator épico confere ao palco uma leveza na composição dos elementos cênicos, os atores sem dúvida estão focados e seguros daquilo que pode ser feito com seus adereços, figurinos e cenário. A proposta é a quebra da quarta parede, o que poderia gerar alguns problemas técnicos, só vem a acrescentar elogios a técnica dos atores que levam a plateia ao palco em função da temática do olhar , um “olho no olho” além disso buscam travar uma relação entre ator-plateia através de uma confraternização que cumina numa carta onde a história de um dos integrantes da plateia será revelada.
Dirigidos por Luiz Fernando Marques o grupo Magiluth encontra-se do início ao fim de abril em intercâmbio cultural por São Paulo. De 14 a 29 de abril sábados e domingos 20h na sede do grupo XIX Vila Maria Zélia, seguem em temporada regular. No dia 17 de abril as 20h participarão do Festival Santista de Teatro no SESC santos.
sexta-feira, 23 de março de 2012
Notas sobre: Os empastelamentos do Diário de Pernambuco
Em sua trajetória, o Diário de Pernambuco foi sem dúvida um vetor político como quarto poder dentro estado e por isso foi vítima de censura várias vezes. Foi empastelado, depredado, teve exemplares rasgados e incendiados e deixou de circular por dias nos anos de 1911, 1912, 1931 e 1945.
Na eleição de 1911, Pernambuco assistiu a uma grande disputa entre o General Dantas Barreto, que controlava o estado há dezesseis anos e o abolicionista Conselheiro Rosa e Silva, do partido republicano. Desde 1901, Rosa e Silva foi dono do jornal que lhe garantiu prestígio e a vitória. Distúrbios políticos ocorridos no resultado daquela eleição fizeram surgir episódios violentos na cidade. Os opositores de Rosa invadiram o jornal, que teve sua sede depredada, ficando sem circular por 14 dias. A circulação é retomada para novamente para ser interrompida, o ‘Jornal não partidário’ assume uma posição contrária ao governo de Dantas, que havia anulado a eleição anterior. Portanto, sua sede foi invadida e “empastelada” por governistas. Desta vez, ficou fechado por 2 anos.
De 1913 a 1915 foi restaurado e reaberto pela família Lira, de longa linhagem de usineiros. Nesta nova fase, ficou claro que não lhe interessava nenhuma ligação com nenhum dos três grupos políticos ligados ao governo do estado. Desde já, Carlos Lira Filho assumiu a direção e foi assim por mais de 20 anos. Foi ele quem introduziu a propaganda para fins de desenvolver uma atividade social e econômica. Tudo ia bem, até a adesão do diretor ao partido republicano, isso provocou abordagens inócuas de fatos polêmicos entre 1922 e 30. O efeito disso na credibilidade do jornal foi devastador. Então, Carlos Lira Filho depois de longas negociações – mais um decreto de falência revogado – vendeu o periódico ao repórter Assis Chateaubriand que escrevia para sua coluna Golpes de Vista.
Quando o Diário de Pernambuco uniu-se ao grupo dos Diários Associados em junho de 1931 uniu-se também aos tramites políticos de Chateaubriand, os quais permitiram a reinvenção do Jornal. Mudanças que vão desde o número de páginas, ao conteúdo, a linguagem, campanhas de interesse social, seu tamanho passou a ser standard até o novíssimo formato de impressão offset. Mas, Uma suspeita sobre o posicionamento político do Diário contra o governo intervencionista e atritos com os tenentistas levaram aos seguintes episódios:
Em Outubro de 1931, o prédio do Diário de Pernambuco foi invadido pela polícia, havia ocorrido um levante no 21º batalhão de caçadores. Gráficos, jornalistas e diretores do jornal foram acusados de colaborar com a manifestação. Em seguida o jornal foi fechado. Dias depois, as prisões e a suspensão do jornal são revogadas por não haver indícios que comprovasse as acusações.
Na noite de 13 de setembro de 1932, o Diário foi invadido por dois policiais armados que ameaçavam agredir defensores do ministro José Américo, considerado “inimigo de Pernambuco”. O episódio acabou gerando um protesto da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que conseguiu quebrar a censura do governo estadual aos jornais pernambucanos. Livre da censura, o Diário de Pernambuco toma novo impulso e durante a II Guerra Mundial, o jornal passou a publicar semanalmente no horário vespertino um suplemento com notícias diretamente do “front”. Surgiram novos setores de notícias, passou-se a receber com exclusividade colaborações dos seguintes jornais internacionais : Chicago Daily News, United Press, Reuters, International News Service e British News Service.
Com o fim da Guerra em 1945, É sabida de todos a conturbada relação entre Chateaubriand e Vargas, isto fez surgir entre os Diários Associados, incluindo o Diário de Pernambuco, uma campanha contra a ditadura de Getúlio. Chatô, como era conhecido, fazia questão de salientar o papel do jornal como sendo de uma “praça forte da liberdade”. Porque na Praça da Independência, diante do prédio do Diário de Pernambuco, era onde a campanha acontecia e constantemente se faziam comícios.
Em 3 de março daquele ano, ocorre mais uma manifestação popular em frente à sede do jornal. O primeiro orador foi o estudante Odilon Ribeiro Coutinho. Depois, no discurso de Gilberto Freyre, na sacada do prédio, foi atingido Demócrito de Souza Filho, que estava ao lado do orador. A polícia havia disparado em várias direções, inclusive contra a multidão que assistia o comício também matando o operário Manoel Elias dos Santos, conhecido como Manoel Carvoeiro. Portanto, o Diário de Pernambuco foi mais uma vez “empastelado” pela polícia o redator chefe, Aníbal Fernandes, e outros jornalistas da equipe foram presos. Ficando 40 dias sem circular, retornando apenas por força de mandado de segurança. O fato gerou um inquérito que não levou a punição de nenhum integrante da polícia, alegando "crime de multidão". Sabe-se que o assassinato do estudante Demócrito de Souza Filho repercutiu contra a popularidade do governo Vargas. E Chatô, estava apenas começando a construir o que viria a ser o maior conglomerado de empresas de mídia do país.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Torres Folia ano 3 [concurso de hinos]
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Janeiro de Grandes Espetáculos[Amostra Nacional]: Tango, Bolero e Cha Cha Cha

Neste Janeiro eu resolvi fazer algo de diferente fui ao Teatro Luís Mendonça Filho, aquele do Parque Dona Lindu, durante os dias 13, 14 e 15 às 21h onde assisti Tango Bolero e Cha Cha Cha uma comédia de elenco Global, por um precinho imbatível de R$ 20,00 a inteira. O texto é de Eloy Araújo e a direção geral de Bibi Ferreira. Palavras de Bibi em homenagem ao autor Eloy: “dirigir uma peça é uma coisa que a gente faz quando a peça é boa, quando a peça é ruim não adianta você fazer nada em cima dela”. A representação montada desde 2000 já foi vista por mais de 500 mil espectadores do eixo Brazilian Broadway igualmente mudou muito o elenco ao longo dos anos, menos, as pernas de Edwin Luisi.
Desde o ano passado, está “manbembando”pelo Brasil em temporada popular. Ontem, Iniciou aqui em Recife a temporada de 2012. Em plena sexta feira 13 e sem medo de escada nem de gato preto Lana Lee[1] uma transexual e vedete de fama internacional cujo verdadeiro nome é Daniel Ex-engenheiro, casado com Clarice (Alice Borges) e pai de Denis (Johnny Massaro) que desaparecido por dez anos resolve voltar ao RECIFE com seu Amante Italiano, Peter (Pedro Bosnich) para revelar tudo a sua família.
A primeira noite de Tango Bolero e cha cha cha foi Longa e de casa cheia e cheia de aplausos também – levamos até uma alfinetada de Edwin: “espera, depois vocês aplaudem” – para pouco entusiasmo do elenco que parecia não estar mais tão afinado com a sonoplastia, que diversas vezes sucumbia à voz dos atores e nem com o texto. Este também composto por conflitos de resolução pouco práticas, são notáveis 95 minutos de gargalhadas e marcações dinâmicas and Everybody loves to Cha Cha Cha.
O público ficou de pé novamente ao final para aplaudir o desempenho de Edwin Luisi que encantou com a elaboração vocal feminina, adorável, que passa longe do afeminado afetado tão comum nos palcos, também pelo total domínio de seus adereços e assessórios, além de uma consciência corporal admirável aos 64 anos, andar de salto alto melhor que muitas mulheres e no palco fazer barulhos de bailarino em incontáveis saltos e piruetas de tirar o fôlego. Assim, vê-se um Interprete fazer jus a seus 5 prêmios de melhor ator, foram eles: Shell, APCA, Mambembe, Qualidade Brasil e Governador do Estado; por sua indiscutível atuação.
Tudo faz referência aos elementos característicos do Teatro de Revista a direção de Bibi Ferreira, o cenário, as caretas, a contemporaneidade das músicas, as coreografias bizarras, o improviso, a interação com o público, os figurinos (o da Vedete principalmente), o humor político com piadas efêmeras e contextualizadas, o uso de palavrões (indicação: 14 anos), e o que não poderia faltar, as temáticas populares sobre o homossexualismo e shows de transformistas. Não restam dúvidas sobre a qualidade técnica muito além dos espetáculos que costumamos ver na cidade, por isso, um espetáculo que vale a apena ser visto.
[1] @soulanalee personagem bem construído tem até twitter!